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LÁGRIMAS PERFUMADAS


De que me servem as lágrimas perfumadas que inventei, se estão presas em uma redoma de vidro? Quem vai sentir seu perfume
quando eu chorar por um amor que partiu? Que aroma terão se meu pranto rolar pela saudade de um amigo? Por acaso, perfumarão o ar, que não pode mais encher os pulmões da mãe amada, que dorme
o sono eterno?

Não, não quero lágrimas perfumadas, lágrimas inventadas para disfarçar a dor! Quero minhas verdadeiras lágrimas! Aquele pranto comum, com sabor de sal, que me faz sentir o gosto real de cada experiência. Sem anestésicos, sem máscaras, sem disfarces.

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Dorcila Garcia
Enviado por Dorcila Garcia em 27/06/2007
Alterado em 21/07/2007


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