DUALIDADE
Em mim habitas, criança teimosa,
aroma de jasmim a roubar-me o siso,
rastro de alecrim e malva cheirosa,
abençoado oásis que me traz o riso.
Rebeldia mostras, tens tua vontade.
De mim emerges sem pedir licença,
convertes em cores, sonhos e saudade,
toda sensatez que à mulher pertença.
Meu doce amado acolhe-me o cansaço.
Em cálido abrigo, admiro-lhe o sorrir
e tu descansas, feliz, em seu regaço.
És o melhor de mim, teimosa criança.
Suave archote, para que te resistir,
se, de minh´alma, és única esperança?
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3o. lugar-Prêmio Celito Medeiros 2004
Concurso Internacional de Poesia Livre
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