CHUVAS DE MINH'ALMA
Chuva fina que em mim se infiltra
Pingentes frios a me calar nos ossos
Látego cruel, algoz sem remorsos
És a Tristeza que me traz desdita
Chuva noturna a embalar-me os sonhos
Cai no telhado em notas musicais
Sono tranqüilo, mansidão e paz
És a Felicidade em meu viver tristonho
Chuva fina é garoa, céu sem agitação
De cristalinas gotas e brilhar de luzes
Tens respingos doces feito alcaçuzes
És a Amizade em meu coração
Chuva de verão que dos céus despenca
À sua passagem difundindo o medo
Destrói moradas com seus folguedos
És a Paixão que a alma me atormenta
Chuva benfazeja para as plantações
Despejando força para dar-lhes porte
Beijando as plantas a deixá-las fortes
És o eterno Amor de fartas emoções.