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ORVALHO, SERENO E MALVA


Qual orvalho a beijar a flora,
assim quero viver!,
sem me enfurecer,
sem enegrecer a alma,
sem me embrutecer.

Qual sereno abraçando a noite,
quero em afetos desmanchar-me.
De peito aberto, cantar amores.
Banir da vida o fustigar do açoite.

Quero o ar cheirando a malva.
Aroma agreste que tonteia.
No sopro do vento, espalhar olores.
Sentir teu cheiro que já não me alcança.


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Dorcila Garcia
Enviado por Dorcila Garcia em 16/06/2007
Alterado em 11/02/2023
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